REPENSAR A REPÚBLICA POPULAR DO VER O PESO







Contra alienação política e cultural: Ocupem o Ver O Peso, na boa!

Lutem a favor do empoderamento do cartão-postal pelo povo do Pará velho de guerra.

Busquem a paz e o desenvolvimento sustentável da Academia do Peixe Frito sem grito.

Proclamem o Apocalypso ao som de carimbó e batuque de São Benedito da Praia com rasgos de ictiofagia dos antigos "Vândalos do Apocalipse" e depois "Grupo do Peixe Frito"... Lembrem-se do "Manifesto Antropofágico" (1928), que reza: "fizemos Cristo nascer na Bahia ou em Belém do Pará". E louvemos a Mãe de todos os deuses e deusas dos homens e mulheres, Nossa Senhora das Amazônias;

Resgatem a negritude poética de Bruno de Menezes a par da economia solidária do nosso patrono e pioneiro do cooperativismo na Amazônia. Vamos lembrar do "Banho de Cheiro" da Eneida; a música popular de Tó Teixeira; promover o desenvolvimento humano da "Criaturada grande de Dalcídio"; rememorar Rodrigues Pinagé, Jacques Flores e os mais confrades daqueles tempos. Homenagear o derradeiro da primeira academia popular do Ver O Peso, mestre Vicente Salles. Por que não seremos capazes de lhe outorgar também o título de "Doutor Honoris Causa" a nosso modo?


Para regisro da memória da APF seja lavrada ata sobre seu renascimento durante o Centenário de Nascimento de Dalcídio Jurandir. Todavia, agora será preciso traçar novos rumos. Já não basta militar na contra-cultura dos aos de 1920 até 1970... O renascimento cultural na maré democrática depois de 1988 pede atualidade na era da internet, assim a APF deverá escolher entre dois caminhos: recolher-se ao acervo da saudade da cidade de Belém do Grão-Pará ou se renovar como a sugestão mais interessante para repaginação do Ver O Peso na quadra das comemorações dos 400 anos de invenção da Amazônia.


Eis contribuição para um roteiro que a comunidade poderá decidir sobre o que, doravanrte, deveríamos fazer, na hipótese de que ainda é cedo para enrolar a bandeira daqueles "subversivos" de outrora:


= estimular a Extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA) a ocupar o espaço cultural e socioambiental do Ver O Peso, revitalizando imóvel do patrimônio histórico a fim de mostrar a cara na maior feira popular da América Latina como referência para a democratização do desenvolvimento sustentável através do turismo responsável;


= registro da APF no patrimônio cultural imaterial e parceria com a UFPA para atividades da primeira, incluindo a criação de moeda em economia solidária local [sugestão para papel-moeda "Açaí", símbolo "Aç$"], que, em princípio, poderá ter curso na própria APF e estabelecimentos parceiros na feira e conjunto do Ver O Peso;


= além de suas reuniões ordinárias, a APF poderá funcionar como ponto de cultura e fórum permanente, diferenciando-se como difusora da cultural popular ribeirinha amazônica em defesa da revitalização geral do complexo do Ver O Peso voltando-se para a gastronomia típica do Pará e a economia solidária na região metropolitana de Belém e seu entorno, incluindo o Baixo Tocantins e Arquipélago do Marajó.
 

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