UM PACTO NACIONAL PELA CULTURA MARAJOARA



Vila do Jenipapo, Santa Cruz do Arari: berço do MUSEU DO MARAJÓ 
(fiel depositário da Cultura Marajoara resgatada de "cacos de índio").



NOTÍCIA DA UNESCO INTERESSA AO MARAJÓ:
FALTA SABER SE O PARÁ POR MARAJÓ SE INTERESSA PELA UNESCO.


"Ao meu Marajó,
minha alegria,
minha tristeza,
minha conquista,
minha derrota!"
Giovanni Gallo
(Turim, Itália 1927- Belém, Brasil 2003)
"Marajó a ditadura da água" 3ª ed, 1997.


A Casa de Cultura Dalcídio Jurandir tem sede na cidade de Niterói-Rio de Janeiro e o Museu do Marajó se acha estabelecido na ilha do Marajó, em Cachoeira do Arari-Pará. Estas duas instituições são partes emblemáticas da complexa história do povo marajoara desde suas profundas raízes de mais de 1500 anos: por necessidade e acaso, a "Criaturada grande de Dalcídio" (segundo Eneida de Moraes) uniu o romancista agnóstico ao inquieto jesuíta "arariuara" numa mesma obra de revitalização da antiga Cultura Marajoara, a fim de que esta venha a ser, finalmente, empoderada pelo povo.

Portanto, a vocação da Casa e do Museu é trabalhar em conjunto como "cabeça de ponte" de um circuito cultural Rio - Pará a contribuir para melhoria de vida da gente marajoara, como manda a Constituição do Estado do Pará (Parágrafo 2º, VI, Artigo 13). Se isto ainda não aconteceu a culpa é de cada um de nós que se considera amigo do Marajó. Ainda que a realidade possa nos magoar, é fato que com a morte de Dalcídio e do Gallo, Marajó ainda não pôde encontrar quem, de fato com a competência e dedicação daqueles mestres à gentinha marajoara, possa levantar aquelas bandeiras do passado que fizeram a diferença face à leniência dos poderes constituídos e à pobreza dos debates ultimamente apresentados sobre a questão.

Por feliz coincidência, a obra romanesca iniciada em 1939, na vila de pescadores de Salvaterra, então distrito de Soure; foi reconhecida nacionalmente ao receber o Premio Machado de Assis de 1972 (o maior prêmio da literatura brasileira e o primeiro para autor da Amazônia). Enquanto, no mesmo ano de 1972, às margens do lago ancestral da primeira cultura complexa da Amazônia, outro acontecimento extraordinário na história do Marajó acontecia em Santa Cruz do Arari: o padre Giovanni Gallo, simplesmente, criava "O Nosso Museu", que mais tarde se mudaria para Cachoeira do Arari (1984), conforme o livro "Marajó; a ditadura da água". Belém, Edições "O Nosso Museu", Santa Cruz do Arari Pará 1981 - 2a Edição. Só por isto, os marajoaras deveriam considerar 1972 como um ano memorável de sua história.

Passado o Centenário de nascimento de Dalcídio Jurandir, em 2009, ano da reativação da confraria do Ver O Peso denominada ACADEMIA DO PEIXE FRITO criada nos anos de 1930 pelo poeta Bruno de Manezes com seus companheiros modernistas em torno da revista cultural Belém Nova, e decorridos dez anos da morte do criador do MUSEU DO MARAJÓ; acho que está na hora dos paraenses convocar amigos do Marajó no país inteiro e no exterior para firmar um PACTO NACIONAL PELA CULTURA MARAJOARA. Mais que nunca é preciso reconhecer que Marajó não é só um problema dos marajoaras que aí vivem, mas uma chance para o maior país amazônico do mundo, o nosso Brasil.

 A HORA E A VEZ DO MOVIMENTO MARAJÓ FORTE

Aproveito para me congratular ao Movimento Marajó Forte (MMF) e, pessoalmente, reconhecer sua notável liderança na sociedade civil, em sua vitoriosa campanha de sensibilização para criação da Universidade Federal do Marajó (UnM), no conjunto de ações que visam ao enfrentamento da pobreza, representada pelo baixo IDH recentemente divulgado. O povo brasileiro precisa saber de nossos anseios e apoiar tais movimentos nesta e outras regiões do País para o desenvolvimento regional e a integração nacional. 

Para começar, procurar se informar junto à UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ), mais precisamente no MUSEU NACIONAL, a respeito das coleções de arte marajoara antiga que lá se encontram e sobre a importância da Cultura Marajoara para estudos de antiguidades do Brasil. Desta maneira, procurar conhecer o Marajó para amar a Amazônia e defendê-la como patrimônio natural e cultural destinado servir de base a uma verdadeira ecocivilização, como clamam alguns ilustres visionários a exemplo de Ignacy Sachs. 

Certamente, uma primeira descoberta com esta revisão será saber que o dito MUSEU DO MARAJÓ de fato é um sui generis ecomuseu com extraordinário potencial de cobertura do maior arquipélago fluviomarítimo do mundo, através de rede museulógica de feição comunitária envolvendo dezesseis cidades, 500 comunidades locais, um portal na capital estadual e sede em Cachoeira do Arari. 

Claro está, que o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) deve rever a histórica opção preferencial brasileira pelo patrimônio colonial, a fim de recuperar o tempo perdido em relação a um melhor estudo e difusão da herança dos povos originais à luz das mais recentes pesquisas arqueológicas. E o Estado do Pará, reconhecer oficialmente a Cultura Marajoara como patrimônio cultural do povo paraense, protegendo-a para uso do desenvolvimento social e cultural estadual. Como tal, o criativo invento do Gallo vai além dos muros da velha usina de extração de azeite de andiroba e ucuúba Oleica, provavelmente, esta "fábrica" fazendo parte do cemitério de projetos da velha SUDAM. É preciso saber como a comunidade "deu jeito" de saldar a dívida deixada pela falência da empresa. Prova de que a economia criativa não é sonho... 

Da lacuna deixada pela morte de Dalcídio e do Gallo, prosperou a desinformação segundo a qual o produtivo búfalo é o maior símbolo cultural do Marajó... É para isto que turistas virão de longe e voltarão às suas cidades sem, ao menos, desconfiar do importantíssimo trabalho de pesquisa da arqueóloga Denise Shaan e outros nomes consagrados que demonstram que a civilização Amazônica começou pela ilha do Marajó? Será que não temos nós competência de democratizar a pesquisa científica fora dos muros das instituições? Nós não podemos nos contentar jamais com tamanho empobrecimento cultural, que avilta ainda mais o ínfimo IDH da gente marajoara.

O povo precisa saber, para amar e defender o Brasil brasileiro: Marajó não é apenas uma "ilha". É um tesouro, a joia da coroa das Amazônias. Dalcídio escreveu à Maria de Belém Menezes, filha do poeta Bruno de Menezes: "Que o padre tire uma coleção de reportagens e faça um livro que será retrato da terra e da gente de Jenipapo.... [...] ... A foto das crianças de Jenipapo me comove, são meus netos marajoaras, alegres apesar da miséria, apesar da dura condição em que vivem... [...] O padre Giovanni é corajoso, sim senhor,  tocando em feridas velhas, na área de Jenipapo e Santa Cruz do Arari. Feridas que sangram em meu romance "Marajó". O que me surpreende é que as coisas lá não mudam, ao contrário, se agravam... [...] O padre Gallo, com muita ênfase e jeito, confirma a denúncia. Não estamos tão distantes um do outro".

  DEZ ANOS SEM O GALLO: É PRECISO PREPARAR MARAJÓ PARA REPATRIAR O PATRIMÔNIO EXILADO

Gallo foi profeta quando disse que ele, depois de morto, viria a ser um grande homem... Mas, ele não previu as dificuldades que ainda restam a fim que se cumpra sua última vontade, expressa em "Motivos Ornamentais de Cerâmica Marajora", espécie de testamento público no qual ele se tornou intérprete das vozes do silêncio dos tesos entre chuvas e esquecimento, fiel depositário de uma herança ancestral saqueada e esbandalhada mundo afora.

Agora é preciso promover uma nova fase da obra revitalizadora começada singelamente, em Santa Cruz, há quarenta anos. Qual seja, um projeto estruturante no campo da Cultura e Educação no bojo do PLANO MARAJÓ, pra valer, integrado inicialmente aos campi do Marajó da Universidade Federal do Pará (UFPA) para vir a ser em breve a futura Universidade Federal do Marajó (UnM), a cabo de exitoso processo de interiorização.

Então, a exemplo da vinculação entre a UFRJ e o Museu Nacional, desde já a UFPA e o Museu do Marajó deveriam buscar os caminhos para cooperação e a partir da criação da futura UnM a necessária encampação do Museu de forma moderna e profissional, a fim de induzir o desenvolvimento sócio-econômico e cultural regional sustentável. O mesmo se pode dizer com relação ao célebre Chalé de "Chove nos campos de Cachoeira", "Três casas e um rio" e outros romances do ciclo Extremo-Norte, eternizado pelo patrimônio imaterial dalcidiano. A casa de infância de Dalcídio permanece inabalável nas páginas do romance e pode ser reconstruído, talvez próximo ao museu.

O que será que o patrimônio cerâmico do Marajó está fazendo longe da ilha e de contexto, coleções de cerâmica marajoara retiradas, sabe Deus como, lembrando informações do Barão de Marajó na obra "As regiões amazônicas", por exemplo. A descoberta do teso do Pacoval em 20 de novembro de 1756, pelo fundador da freguesia de N.S. da Conceição da Cachoeira do rio Arari, no ano de 1747, Florentino da Silveira Frade, tesos arqueológicos do Marajó para museus do mundo (cf. "Cultura Marajoara", Denise Shaan, ed. SENAC, São Paulo, 2010)... 



DO ALTO DO PACOVAL 1500 ANOS NOS CONTEMPLAM

Que o museu do Gallo é ecomuseu não há dúvida. Todavia, um ecomuseu que o Brasil e o mundo desconhecem. Os dalcidianos adoram o ciclo so Extremo-Norte, mas com as exceções de praxe, não enxergam na Criaturada grande o homem Dalcídio mergulhado no barro dos começos do mundo, como Jorge Amado saudou o "índio sutil" na Academia Brasileira de Letras (ABL), na sessão solene para entrega do Prêmio Machado de Assis (1972). 

O mesmo acontece com o padre Gallo; ajudado providencialmente pelo caboco Vadiquinho que chegou com o estranho presente de "cacos de índio", provavelmente, recolhidos do arrombamento do sítio arqueológico em frente à vila do Jenipapo, o dito teso do Pacoval. Logo estava feito o inverossímel museu de curiosidades para atrair a cumplicidade de cabocos genericamente acusados de ser "ladrões de gado", colaboradores ocasionais de um padre teimoso como o diabo, metido a contrariar o bispo diocesano também este pra lá de voluntarioso e a criticar os políticos. 

Saiu caro a "brincadeira"... E o castigo veio a galope!
O livro "Marajó; a ditadura da água" é, paresque, o romance "Marajó" vivenciado 40 anos depois deste ter sido escrito na vila de pescadores de Salvaterra. Mais uma coincidência, em 1960, Salvaterra e Santa Cruz juntas chegavam à emancipação municipal: esta última desmembrada de Ponta de Pedras, que foi desmembrada de Cachoeira, que foi desmembrada da Vila de Monsarás, que hoje é distrito de Salvaterra; que foi desmembrada de Soure... 

Aqui a antiga aldeia dos "Maruanazes" (deve-se dizer Maruaná), ali a aldeia dos Joanes (aliás Iona ou Sakaka) que algum dia deu nome à Capitania hereditária da Ilha Grande de Joanes (que era Ilha Grande dos Nheengaíbas, dos Aruans, Marinatambalo (segundo Pinzón), aliás Analau Yohynkaku (cf. Ferreira Penna), enfim Marajó.
Cada um faz sua refazenda como pode, Marajó do padre coincide com Marajó do romancista, porém um e outro tem lá suas particularidades. São dezesseis Marajós, que são os municípios num território do tamanho de Portugal, algo como 1700 ilhas mais a microrregião continental de Portel, que dobra de tamanho o "arquipélago"; onde mais de 500 aldeias ou comunidades se dispartem. 

Temos que saber o que é um ecomuseu para levar O Nosso Museu do Marajó para muito além de Cachoeira e até de Belém, sem arredar o museu do Gallo de Cachoeira do Arari nenhum passo. A questão é, como aumentar a área de atuação do ecomuseu sem diminuir em nada seu patrimônio ou competência local.

Podia assim tamanha biodiversidade e diversidade cultural se reduzir unicamente ao romance de Dalcídio Jurandir ou aos livros e museu de Giovanni Gallo? Eis aqui uma questão da "ilha" que são ilhas do Marajó...



Para a Criaturada grande o "homem do Pacoval" (cf. Raymundo de Morais); é o começo da história com o barro dos começos do mundo. O índio sutil transformou fragmentos da memória numa obra de ficção monumental e o marajoara que veio de longe, provocado pelo caboco Vadiquinho; fez o milagre de uma ressurreição inesperada: resiliência cultural de simples cacos de índio que nos remetem à solidão ecológica dos tesos com sua muda acusação à indiferença da Civilização dos conquistadores e colonizadores. (José Varella Pereira).

O tráfico de bens culturais: o crime organizado e o roubo do nosso passado




14 de novembro de 2012 - O crime organizado transnacional é frequentemente associado com atividades transfronteriças, tais como o tráfico de armas, de drogas e de seres humanos. No entanto, esta ligação é muitas vezes ignorada quando se trata de tráfico de bens culturais. Embora haja evidências de uma quantidade substancial de saques em todo o mundo, as ações de combate ao tráfico de bens culturais até agora não se igualam à severidade ou à extensão do crime. Apesar dos acordos e legislação estabelecidos por organizações como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) para frear a compra e a venda de artefatos escavados ilegalmente, só nos últimos anos os esforços internacionais para enfrentar o papel das redes do crime organizado que cometem este crime tem vindo à tona.
Mais recentemente, na sexta sessão da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, realizada no início de outubro em Viena, o tráfico de bens culturais foi reconhecido como um aspecto importante a ser tratado. Um evento paralelo, organizado pelo Governo dos Estados Unidos, discutiu os esforços em curso para combater este crime e forneceu detalhes sobre o suas ações, enquanto uma sessão técnica abrangeu o importante papel da cooperação internacional no combate ao problema transnacional. Este foco no crime organizado segue duas reuniões anteriores do painel intergovernamental (em 2009 e início de 2012), coordenadas pelo UNODC.
Infelizmente, em muitos países, existem constantemente evidências de saques generalizados, muitas vezes por organizações com linhas claras de autoridade, cujo único objetivo é o lucro. Isto não apenas estimula o crime organizado transnacional (considerando que a maioria dos objetos são transportados internacionalmente), como também destrói o contexto histórico dos objetos e a capacidade de reunir conhecimento sobre o passado e de construir um entendimento sobre nossa história coletiva. Esse crime também tem um impacto imensurável sobre a identidade cultural do país de origem. 

Embora a magnitude desse crime seja extensa, o valor do tráfico de bens culturais é muito difícil de quantificar. Como se trata de um crime muito clandestino, no qual invariavelmente itens ilegais se misturam aos legais, é difícil distinguir entre o comércio lícito e ilícito. Pode-se, no entanto, argumentar que, dada a atração de criminosos por mercados lucrativos, esta área representa uma importante fonte de renda para os grupos do crime organizado. 

Com estes grupos cada vez mais envolvidos com o tráfico de bens culturais, tanto através de canais legítimos, tais como leilões e Internet, e canais em mercados ilícitos, este crime é um problema que afeta todos os países. 

As evidências apontam para a interconcetividade de redes do crime organizado transnacional, com redes usando as mesmas rotas e modus operandi para contrabandear bens culturais como aqueles usados ​​para transportar drogas, armas e outros materiais ilícitos. O tráfico de bens culturais é também uma importante fonte para a lavagem dos produtos do crime. 

Em resposta ao tráfico de bens culturais, o UNODC trabalha para aproveitar o potencial da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional. Muitas das disposições da Convenção são relevantes a este respeito e, em última instância, permite aos Estados Partes combater o crime organizado transnacional para proteger sua herança cultural comum. 

O UNODC também trabalha de outras formas, em campo, para lidar com esta ameaça. Em 2003, criou o Programa de Controle de Contêineres, em colaboração com a Organização Mundial das Alfândegas. Embora inicialmente criado para ajudar os países a interditar carregamentos de drogas, o programa tem ajudado a identificar cada vez mais os movimentos ilegais de outros bens, incluindo bens culturais. Os policiais que haviam sido treinados pelo Programa foram recentemente capazes de interceptar, entre outras coisas, dois cânones dos séculos XVII e XVIII, que haviam sido roubados do Patrimônio Mundial da UNESCO do Forte de San Lorenzo no Panamá (e haviam sido declarados como sucata). No mesmo contêiner, foram encontradas rodas de quatro centenas de anos da primeira estrada de ferro do Canal do Panamá que estavam sendo ilegalmente removidas. Junto ao elevado número de outros itens roubados a cada ano, o roubo desses itens seria uma perda histórica não apenas para os cidadãos do país em questão, mas também para a humanidade em geral.

Comentários

  1. A proposta de maior integração entre o MdM à CCDJ é potencialmente frutífera. Também é muito bem colocada questão do Museu Nacional. Contudo, penso que ambas carecem ser tornadas mais palpáveis. Mais concretas. Que haja um plano com metas possíveis, prescrito em ações e seus respectivos executores. Mas, como conseguir isto se a vaidade faz com que muitos de nós se digladiem por quaisquer 15 minutos de fama? Se nem sequer temos coragem de expor um único pensamento divergente daquele que já está consolidado?
    Leio e releio muitos dos debates que se formam nos posts da APF e de outros grupos que participo na rede e a impressão de que tenho é a de que há uma concentração exacerbada naquilo que ainda não foi feito, como se tudo que ainda não existe só tenha possibilidade se atender a modelos passados e ultrapassados e, por óbvio, sem abertura para o novo. Por que e para que buscar o desenvolvimento quando a sustentabilidade é o novo horizonte? O Marajó, os marajoaras e seu patrimônio carecem do visionismo do DJ e do Gallo.
    Concordância total quanto a que a culpa é de cada um de nós marajoaras que, a meu ver, carecemos de mais paixão. Exemplo dessa nossa negligência é o fato de que o MdM se tornou uma daquelas tão famosas misérias de que o Joãozinho Trinta falou. Escreve-se sobre, fala-se sobre, conceitua-se, estuda-se, perde-se no tempo... Falando unicamente por mim, o sentimento é o de que muitos debates são apenas desgastantes psicológica e socialmente. Precisava salvar a mim mesma um pouco, por isto me afastei de muitos deles. Porém, é um desejo imenso, onírico e utópico salvar também ao menos um pouco do Marajó que tanto amo. Espero poder ajudar mais e, por isto, disponibilizo minha humilde opinião sobre qualquer desses temas e também para alguma ação concreta. Por ora, vou colocando amor em algumas coisas que espero deem certo. Um abraço do tamanho do Marajó.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas