GDM / ACADEMIA DO PEIXE FRITO








GDM

CONVITE

Convidamos os fundadores e voluntários do GRUPO EM DEFESA DO MARAJÓ (GDM), bem como filhos e amigos do Marajó interessados em participar de futuras atividades desta entidade da sociedade civil; a entrar em contato com o este blogueiro através do e-mail cabocomarajoara@gmail.com com a finalidade de cadastro e reorganização do grupo, notadamente para, doravante, atuar como Observatório do processo de integração do território federativo do Marajó, inclusive do que concerne a interfaces de relações nacional e internacional do mesmo.

É intenção dos proponentes do novo GDM -- José Varella, Leonardo Lobato e Moacir Pereira -- propor ao coletivo dos amigos da ACADEMIA DO PEIXE FRITO (APF) agenda de atividades integradas de interesse comum da comunidade marajoara de Belém e dos municípios da mesorregião do Marajó. Esta proposta de agenda integrada dará ênfase aos seguintes assuntos:

  • Campanha para adoção do dia 20 de Novembro como DIA NACIONAL DA CULTURA MARAJORA servindo à difusão da primeira cultura complexa amazônica no País e exterior como identidade do território, produtos e eventos tendo origem na Amazônia Marajoara;
  • Educação patrimonial com vistas ao registro da Cultura Marajoara pré-colombiana no patrimônio imaterial brasileiro e formação de uma política oficial de proteção aos sítios arqueológicos do Marajó; tanto com fins para pesquisa científica como atrativo a atividades turísticas compatíveis agregadas ao destino Amazônia Marajoara;
  • Amparo oficial permanente ao MUSEU DO MARAJÓ de acordo com o legado intelectual de Giovanni Gallo testemunhado por sua obra escrita; de modo associado à reconstrução do chalé original de residência do romancista Dalcídio Jurandir, em Cachoeira do Arari; integrados à futura Reserva da Biosfera Marajó-Amazônia; constante do PLANO MARAJÓ; a fim de implantar plataforma educativa e cultural com estrutura em todos municípios marajoaras. Ademais, tal plataforma venha a ser capacitada ao repatriamento de cerâmica marajoara em ação coordenada pelo IBRAM em cooperação com a UNESCO;
  • Tombamento da "Academia do Peixe Frito" no patrimônio imaterial do Ver O Peso, na cidade de Belém do Pará; de maneira a preservar a memória de Bruno de Menezes, Dalcídio Jurandir, Eneida de Moraes e seus confrades engajados no movimento modernista brasileiro na Amazônia;
  • Parceria estratégica entre o voluntariado APF/GDM e o programa não-governamental VIVA MARAJÓ, coordenado pelo Instituto Peabiru; tendo em vista mobilização da sociedade civil para o reconhecimento da reserva da biosfera supracitada pelo MaB/UNESCO;
  • Estímulo ao processo de inclusão social da "Criaturada grande de Dalcídio" [populações tradicionais], mediante regularização fundiária, organização social, economia solidária, desenvolvimento socioambiental em vista das Metas do Milênio da ONU [2015];
  • Incentivo à iniciativa privada, com exemplo no patrocínio do Fundo Vale concedido ao programa VIVA MARAJÓ; no sentido do maior êxito possível do programa Brasil sem Miséria na região; tendo produtos certificados com selo da agricultura familiar distribuídos por uma ou mais empresas-âncoras através da rede de supermercados, onde consumidores responsáveis possam encontrar mercadorias 'made in Marajó'. E, assim, contribuir ao desenvolviemento humano solidário do "maior arquipélago fluviomarinho do planeta".

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BREVE HISTÓRICO DO GDM

O GDM surgiu,em 20/12/1994, da necessidade de assegurar continuidade em caráter permanente e pela própria comunidade marajoara do trabalho em educação ambiental levado a efeito pela Pro-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA), através do campus Marajó (núcleos de Breves e Soure), com a realização anual de Encontros em Defesa do Marajó entre os anos de 1985 e 1995.

Em 1995, em parceria com a Sociedade de Preservação dos Recursos Naturais e Culturais da Amazônia - SOPREN (leia-se Camilo Vianna), o GDM atuou de modo a prosseguir na trilha percorrida e incluir na pauta ambiental atividades tais como: revitalização e perenização do Lago Arari; preservação de sítios arqueológicos, calendário escolar diferenciado a fim de compatibilizar safra de açaí e outros produtos sazonais; saúde pública com abordagem antropológica local valorizando trabalho de parteiras, rezadeiras, curadores e pajés; regularização fundiária como base ao desenvolvimento territórial e combate decidido à pobreza mediante geração de emprego e renda tendo o turismo como instrumento econômico principal.

Em 1999, o GDM através de seu representante José Varella Pereira assinou apresentação e toda equipe apoiou a divulgação do documento da igreja católica alertando sobre a dramática situação de pobreza do povo marajoara. 

Este histórico documento eclesial passou a ser base da demanda que, em 2006, levada pelos bispos da Diocese de Ponta de Pedras e da Prelazia do Marajó. dom Alessio Saccardo e dom frei José Luís Azcona, respectivamente; deu origem ao Grupo Executivo Interministerial (GEI-Marajó), na Casa Civil da Presidência da República, responsável pela coordenação geral do PLANO MARAJÓ em parceria federativa.

Conduzido por Teo Azevedo e Franklin Rabelo, o GDM teve participação ativa junto com a "Associação dos Caranguejeiros de Soure - ACS" na demanda comunitária ao CNPT/IBAMA para criação da Reserva Extrativista Marinha de Soure, a primeira desta categoria na Amazônia.

No dia 07/09/2003, durante Exposição do Museu do Marajó e palestra sobre a cultura marajoara, proferida por José Varella, o GDM coordenou abaixo-assinado dirigido ao Presidente da República pedindo provídências para preservação da Cultura Marajoara, tendo como resultado trabalho do IPHAN com inventário de referências culturais. E, em 08/10 do mesmo ano, marcou presença em Muaná dentre mais entidades da sociedade civil peticionando o reconhecimento da APA-Marajó como reserva da biosfera.

Após estas e outras atividades, o GDM ficou temporariamente desativado, notadamente depois de participar em conjunto com o Museu do Marajó de audiências públicas para elaboração do PLANO MARAJÓ, lançado oficialmente em 2007. Evidentemente, o grupo de voluntários orientados pelo decano dos ambientalistas da Amazônia, Dr. Camilo Vianna; com Teo Azevedo, Franklin Rebelo, Alonso Lins, Abel e Elói Lins, Valdemar Vergara Filho, Hildegardo Nunes, Horácio Higuchi, Adenauer Góes, este militante que vos fala e muitos outros confrades; consideramos ter dado a contribuição que estava a nosso alcance até aquele momento. Então, novos e mais numerosos batalhadores da causa marajoara chegaram a bordo do PLANO MARAJÓ (2007) e do programa Territórios da Cidadania - Marajó (2008). Era justo ao GDM ensarilhar suas armas e liberar seus militantes a contemplar outras frentes de luta pela plena cidadania.

Então, já sem a bandeira do GDM mas sob pavilhão do Museu do Marajó e da Irmandade do Glorioso São Sebastião; com a convocatória de Cachoeira do Arari a comemorar o Centenário de nascimento de Dalcídio Jurandir, em 2009, se reativou a Academia do Peixe Frito, que estava em dormência desde o derradeiro confrade da primeira hora "fechar a porta" (por assim dizer), no caso o nosso Doutor Honoris Causa Vicente Salles...

Eis que, agora chove nos campos de Cachoeira e novos desafios se apresentam a nossos olhos, notamente o emblemático Lago Arari a morrer ano após ano. Leonardo Lobato com amigos forma a Confraria do Marajó, lembra velho o GDM com Hildegardo Nunes, José Varella e Moacir Pereira; lá estamos nós outra vez a postos. Agora, olhamos ao Viva Marajó como uma tábua de salvação para aquelas mesmas comunidades ribeirinhas que motivaram esta história... Não seria o caso de voltar à lide e cerrar fileiras?

Bom, esta postagem será talvez a introdução para um novo capítulo: vamos esperar respostas ao chamado... Desde já, Muito Obrigado!

Comentários

  1. Contem comigo!
    Um abraço a todos.

    Celso Magalhães Coronel

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    Respostas
    1. Obrigado. Informaremos a próxima reunião convide seus amigos também.

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  2. Zé, estarei sempre quando necessario.Ser filho do Marajó é uma questão de orgulho e preservar nossa cultura é uma questão de honra...Compromisso com a cidadania dos povos das aguas deve ser nosso dilema.Abraço adaias

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