negócio da China made in Amazon BR

Dizia meu velho pai: "a necessidade é a mãe da invenção"... Se eu fosse consultor da companhia Vale ou técnico do Ministério de Minas e Energia, depois de piteco como este certamente eu seria mandado para o olho da rua. Porém como sou apenas um caboco velho que mora longe do centro de Belém estou "por aqui" com o transporte coletivo urbano e o trânsito na capital da província mineroextrativista e reserva hidrelétrica da Amazônia brasileira.

Tampouco eu iria arranjar sarna pra me coçar se eu fosse um paraense de "coração" rico com o negócio de exploração de madeira a custo de desmatamento da floresta com trabalho barato (pra não dizer escravo ou semi...) e exportação de alumínio de baixo valor agregado.

O diabo é que a gente morre de inveja da China. O antigo império dos mandarins nos cerca por todos os cantos, até cuecas que a gente usa é made in China. E quem foi que inventou a pechincha 1,99 das infinitas bancas de camelô nas ruas? Os chineses é claro. Dizem que a "cidade das mangueiras" é a segunda cidade do mundo onde mais chove, a primeira fica na Índia... Donde vieram as nossas verdejantes mangueiras? Da Índia distante e o guarda-chuva que nos salva do dilúvio quotidiano? Quem disse China ganhou um radinho de pilha pra escutar no rádio transmissão do jogo Remo x Paysandu...

Ora, onde se quer chegar? Ao centro pensante do BRIC ou pelo menos às portas do fundo do BNDES pra dizer que índio não quer apito e caboco não que ônibus velho e fumacento. Que a poderosa China que já vai despontando também como potência "verde", além de nos comprar montanhas de ferro, levar energia elétrica produzida pelos "nossos" rios cantados em prosa e verso agregada em lingotes de alumínio e rios de petróleo cru; mandando em troca lampidinhas de natal, quinquilharias eletrônicas, etc. e tal; podia doravante dar uma big compensação ambiental de presente aos 400 anos de invenção da Amazônia (2015/16).

Que presente seria este capaz de justificar o título de "metrópole da Amazônia" para Belém do Pará? Uma associação de capital para PPP (parceria público-privada) exemplar, juntamente com a Vale e Eletronorte, a fim de dotar a região metropolitana de Belém de moderno metrô de superfície integrado à frota de eletrobus na capital, em especial Cidade Velha no centro histórico.

Como fazer? Isto não é mais com o caboco. Para os menos avisados cumpre informar que a dificuldade não está na oferta de equipamentos nem na capacidade de energia instalada com a Hidrelétrica de Tucuruí (noves fora Belo Monte).



Eletrobus (SP) 7 5065, por Adamo Bazani



Scirus
O metrô de Belo Horizonte é um metrô de superfície.

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