2013 #Ocupe Ver O Peso! (2)


    feira do Ver O Peso, Belém do Pará.




A semana começa com o último dia do ano velho e o primeiro de ano novo terá início já numa terça-feira, feriado mundial da Paz quase ao meio da semana. Pra quem vem do apocalypso de 21/12/2012 tá tudo muito bem e o brega agora vai de vento em popa Brasil afora... 

Estas simples coincidências de calendários inventados por necessidade e acaso devem nos lembrar que, de fato, o tempo não para. Somos nós, humanos, que passamos através do espaço em construção contínua e do inexorável tempo... O Ver O Peso de outrora -- bicho de sete cabeças --, não para de se reinventar na costura eterna de tradição e modernidade. Ele é o coração pulsante da cidade e tem calendário natural de acordo com as safras de frutas e o tempo da lua de acordo com as marés trazendo peixes, ervas, feitiços e festas de estação. A flutuação dos preços, tal e qual a força das águas, fala ao bolso dos fregueses no curso continuado da economia popular ao ritmo brega da cidade das mangueiras, capital do Pará que tem porto no Caribe. 

Enquanto isto, em todo Brasil renovam-se esperanças na democracia depois que o Povo perdeu o medo e segue elegendo (certo ou errado) seus prefeitos e vereadores em 5564 municípios, agora a tomar posse neste dia 1º de Janeiro de 2013, em seus respectivos cargos. Dada posse aos eleitos, o voto secreto cobra promessas de campanha e o juramento feito sobre a Constituição.

No que toca a esta ressuscitada academia dos anos 30, anti-acadêmica por excelência; a gente faz votos de que os municípios da área metropolitana de Belém e entorno das ilhas do Guajará com o Acará, Abaetetuba, Barcarena, Moju e o Marajó, inclusive; participem dos encaminhamentos rumo aos 400 anos de invenção da Amazônia mediante uma boa virada de perspectiva. Na qual os 1500 anos da original Cultura Marajoara sejam contemplados e somados à expressão geográfica de Belém do Pará na mesma paisagem cultural cujo foco é Ver O Peso: lugar emblemático de economia criativa onde todas fronteiras da cultura se resumem no Pará.

Que bom será se o senhor prefeito municipal vir se amesendar com vereadores e confrades degustadores de açaí e peixefrito, algumas vezes; em sessão especial desta academia no Solar da Beira, por exemplo. Aí a tribuna popular da feira livre: Boca caboca... Porta-voz oficiosa da Criaturada grande dará recado e quem não houver ouvido de mercador ouvirá com respeito fazendo bom proveito. A cidade morena há de agradecer do fundo do coração sem distinção partidária, de cor, classe, gênero ou religião.

Ocupar o Ver O Peso há de ser como ocupar o próprio Pará do século XXI com inteligência e coração. Que melhor maneira se pode imaginar para comemorar os 400 anos de invenção da Amazônia, com inclusão socioambiental desde já? Da fala caboca desta estúrdia tribuna da feira livre, mais autêntica a amazonidade será e repercutirá no Brasil e no mundo inteiro. Depois, bem entendido, que câmaras e prefeituras da região fizer eco do recado do Ver O Peso para progresso da democracia participativa.


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