L'Avenir de la capitale du Pará e a revolução francesa de ecomuseus.


Navio-escola Belém, antigo veleiro conservado pela Fundação Belém (França). No século XIX, durante a Belle Époque, o Belém fez a rota comercial entre o Pará e a França com escala na Guiana e Antilhas francesas transportando cacau e outras especiarias amazônicas, rum e açúcar antilhano em troca de produtos manufaturados da Europa. 

Em missão cultural, no ano de 2002 o veleiro voltou a Belém do Pará e, com coquetel a bordo seguido de visitação pública, deu ocasião ao lançamento do ensaio Amazônia Latina e a Terra sem Mal (2002), de José Varella, juntamente com a tradução em português (2002) patrocinada pela Companhia Paraense de Turismo - PARATUR (atual Secretaria de Estado de Turismo - SETUR) do célebre estudo do geógrafo francês Henri Coudreau (1859-1899), L'Avenir de la capitale du Pará (publicado em 1913). Análise sobre o potencial geoeconômico da região norte brasileira que, mais tarde, seria aprofundada por Eidorfe Moreira na obra Belém e sua expressão geográfica.




Hoje a Agenda 2030 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável é compromisso dos países-membros da ONU para superar a crise civilizacional agravada pela mudança climática. Compromisso global que reclama ação local e solidariedade de todos habitantes da Terra desde as metrópoles mais desenvolvidas até os mais carentes confins do mundo. A paz social e erradicação da extrema pobreza são as duas faces da mesma moeda da busca de concretude dos ODS.

Nas problemáticas relações históricas Norte-Sul, a deslumbrante memória da Belle Époque, que grandes museus preservam com ciúme, ainda contrasta com tristes lembranças suburbanas e a violência rural em muitos casos, nos porões dos navios e ruínas humanas das periferias. Muitos depositam suas esperanças no crescimento econômico interno e no desenvolvimento das trocas comerciais entre os países. Porém a humanidade já sabe que o desenvolvimento é necessário, mas não é suficiente. Então, a Educação e a Cultura são chamadas a fim de partilhar os frutos econômicos do desenvolvimento tecnológico e científico: ainda assim há injustiças sociais, discriminações e preconceitos... Diferenças étnicas, sociais e disparidades entre regiões diferentes quase sempre põe a perder ganhos amealhados por décadas e gerações. Foi assim que o "longo século XIX" viu a Belle Époque naufragar na I Guerra Mundial e a grande Depressão se desatar na II Guerra e a Reconstrução europeia reincidir erros anteriores e tropeçar na Guerra Fria entre as duas superpotências militares emergentes dos rescaldos da segunda grande guerra.

A colonialidade incurável ainda iria provocar a revolução popular da China, à guerra da Coreia, do Vietnã e a independência das colônias europeias na África: então, a revolta estudantil de Maio 1968 em Paris, mobilizou trabalhadores e contagiou o mundo... Na outra margem do Atlântico a juventude assumiu o movimento "amor e paz"... Entretanto, a América Latina sob ditadura militar experimentava a censura e a mais dura repressão dos movimentos sociais com a tortura e morte de diversos militantes na Argentina, Brasil e Chile: a volta da democracia latino-americana ainda agora está prenhe de incertezas.

Na velha França das liberdades, os anos 60 e 70 provocaram certa revolução dos museus. O espírito das Musas aborreceu-se do elitismo acadêmico evadiu-se para o ar livre na invenção democrática de Georges Henri Rivière (1897-1985) e Hugues de Verine (1935-....). Deste modo, a famosa história da Belle Époque escapou dos círculos fechados de elite burguesa para a anarquia criativa dos botequins de periferias, fez velas por mares nunca dantes frequentados por corsários e piratas, acampou junto a aldeias indígenas e quilombos no fim do mundo. 

A experiência de 1974 com o pioneiro Ecomuseu do Creusot Montceau-les-Mines, comunidade urbana fundada em 1970, reunindo 34 comunas em torno de duas cidades centrais, o Cresot e Montceau-les-Mines, na Borgonha. Trata-se do principal polo industrial entre Paris e Lyon; segundo campus universitário daquela região da França metropolitana. Trinta anos mais tarde, florescem ecomuseus e museus comunitários em todo mundo inspirados pelo conceito criado por Revière e Verine, inclusive América Latina e Brasil onde a Associação Brasileira de Ecomuseus e Museus Comunitários (ABREMC) congrega rede nacional. 

Uma ruptura dos padrões tradicionais de museus em edifícios fechados. Desta maneira, a rede internacional de ecomuseus e museus comunitários apoiados por cidades educadoras, poderá inclusive se tornar uma das principais parceiras da sobrevivência de grandes museus integrados a universidades, como no casamento do Museu Nacional do Rio de Janeiro e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)? Penso que sim e acho que isto poderá ser de grande valia para erradicação da pobreza, progresso da cultura da paz e do diálogo entre diferente civilizações do mundo contemporâneo. 

Desde inícios do século XVII, colonos franceses e portugueses disputaram a Amazônia desconhecida dos europeus, procurando cada lado oposto conquistar populações das respectivas regiões cobiçadas como aliados e vassalos. A Questão do Amapá (1713-1900), por exemplo, atravessou o seculo XVIII e terminou já na primeira república do Brasil. Assim, o geógrafo francês Henri Anatole Coudreau foi mandado estudar a Guiana para defesa dos interesses da França, porém o explorador seduzido pela grandeza da Amazônia atravessou a fronteira e passou a explorar rios caudalosos e desconhecidos a serviço do governo estadual do Pará. Ele acabou falecendo, vítima de febres e fadiga, durante a exploração do rio Trombetas em terra de mocambo, junto à Cachoeira Tapagem, onde ficou enterrado. Mais tarde, Eidorfe Moreira viria a aprofundar a análise geográfica de Coudreau sobre a capital do Pará, "rainha das águas quentes" do trópico úmido americano.


Em 1895, Coudreau entrou a serviço do Estado do Pará, tendo explorado o Tapajós, o Xingu, o Tocantins, o Araguaia, o Itaboca, o ltacaiuna, assim também a zona geografica entre o Tocantins e o Xingu, o Jamundá e o Trombetas, onde ele veio a falecer. Sobre sua atividade e importância de seus trabalhos sua esposa e companheira de aventura, Madame Coudreau escreveu: “Ao cabo de cada viagem publicou um livro relatando-a. Era muito produzir para um diletante como Coudreau”. Em 1895, foi incumbido pelo governador do Pará, Lauro Sodré; de uma missão científica ao rio Tapajós. A respeito publicou, em Paris, 1897, A Lahure ‒ Éditeur ‒ Voyage au Tapajoz, traduzido para o português por A. de Miranda Bastos, Companhia Editora Nacional, volume 208 ‒ Série 5, Brasiliana, Biblioteca Pedagógica Brasileira, S. Paulo. 

Coudreau conclui o relatório com previsão sobre o futuro do Pará, dizendo ele: O Pará, mais povoado, mais rico, tem o dever de tomar as grandes e audaciosas iniciativas que progressivamente farão desta região a rainha das regiões equatoriais, num meio de produção rico e variado, um centro deslumbrante e atraente de civilização É indiscutível que se o Pará aplicar com decisão e perseverança a divisa ‒ ‘Conhecer e fazer conhecer’, esta terra, para a qual o futuro começa a desenhar-se, conhecerá eras de esplendor e opulência”, em Revista Brasileira de Geografia. Vultos da Geografia do Brasil Henri‒Anatole Coudreau; Serviço Gráfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ‒ Abril-Junho de 1943.



expedição de Henri Coudreau e sua esposa e companheira de várias expedições Marie Octavie Coudreau ao rio Trombetas em 1899. O explorador morreu em viagem próximo à cachoeira Tapagem. Madame Coudreau, entretanto, cumpriu o contrato com o Governo do Pará e concluiu expedição.





Poucos sabem ainda que o Musée de l'Homme, em Paris, manteve importante coleção de cerâmica marajoara levada da ilha do Marajó, em priscas datas, provavelmente tirada do teso arqueológico do Pacoval. Donde, segundo José Coelho da Gama e Abreu (Barão de Marajó) na obra As Regiões Amazônicas: estudos chorographicos dos Estados de Gram Pará e Amazonas, Lisboa, Imprensa de L. da Silva, 1896; o diretor do Museu Nacional Ladislau de Souza Mello Netto (1838-1894) e o fundador do Museu Paraense [Museu Paraense Emílio Goeldi] Domingos Soares Ferreira Penna (1818-1888) levaram peças cerâmicas para os ditos museus, dentre as quais as que foram remetidas à Exposição Universal de Chicago de 1893. 

Esta grande exposição internacional de Chicago, aonde a autêntica cerâmica marajoara milenar foi mostrada ao mundo; comemorou os 400 anos da chegada de Cristóvão Colombo a América. Essa remessa ao exterior precedeu outras mais. Ironicamente, em 1500, Vicente Pinzón, piloto e sócio de Colombo, o primeiro europeu a contemplar a foz do rio Amazonas; passou pela ilha do Marajó vindo do Ceará rumo ao norte, oito anos após o tal descobrimento do Novo Mundo, onde ele assaltou uma aldeia e levou dali os 36 primeiros "negros da terra" (escravos indígenas) da América do Sul para a ilha Hispaniola (Hayti), onde os castelhanos construíram a base da conquista colonial. 

A lista de museus nacionais e estrangeiros detentores de cerâmica pré-colombiana extraída de sítios arqueológicos da ilha do Marajó se acha na obra Cultura Marajoara (2010) de autoria da arqueóloga brasileira Denise Schaan, que trata do Museu do Marajó em especial, inventado pelo padre Giovanni Gallo, em 1973, com "cacos de índio" (fragmentos de cerâmica marajoara retirada de sítios arqueológicos localmente chamados "tesos" e recolhidos por pescadores ou vaqueiros que perambulam pelos campos e "ilhas" (terrenos arborizados em meio às campinas). No dizer da professora Anna Maria Linhares, o museu do Gallo apresenta o prodígio de transformar caco em espetáculo... A descolonização da cooperação Norte-Sul, algum dia do amanhã, deverá passar por programa de repatriamento de acervos culturais supervisionado pela UNESCO.

Enquanto o vetusto Musée de l'Homme mantinha fora de alcance da pobre gente do Marajó a fina flor da cerâmica marajoara de mais de mil anos de idade; na antiga ilha dos Nheengaíbas não se pode contar mais que umas "igaçabas" (alguma até para uso doméstico) e montes de "cacos" (fragmentos) da destruição ajuntados a esmo por ladrões de gado... Com a criação, em 2006, sob alto patrocínio do presidente da república Jacques Chirac, do museu do quai Branly ou Museu das Artes e Civilizações da África, Ásia, Oceania e Américas, a dita coleção de cerâmica marajoara dentre outras mais do Museu do Homem foi parar no quai Branly, onde se encontra atualmente. O povo marajoara ignora como a arte cerâmica de seus antepassados remotos foi parar em grandes museus do exterior...

Enquanto isto, na Amazônia - periferia da Periferia -, através da fronteira, enquanto a ponte no Oiapoque não se materializava, entre sonhos, contrabandos e outras coisas mais; em 1995, no quadro de protocolo de vizinhança transfronteiriça entre a Associação de Municípios do Arquipélago do Marajó e a Associação de "Maires" da Guiana Francesa, uma delegação da Guiana francesa visitou Soure, Salvaterra e Cachoeira do Arari tendo o Museu do Marajó por referência. 

Reciprocamente, delegação de prefeitos e vereadores do Marajó visitou a Guiana francesa, com o padre Giovanni Gallo sendo convidado especial da municipalidade de Sinnamary, cujo prefeito municipal e presidente do Conselho Geral da Guiana, senhor Elie Castor; manifestou interesse em criar museu comunitário semelhante ao de Cachoeira do Arari naquele município guianense. Entretanto, o "maire" de Sinnamary veio a falecer subitamente, em 1996. Assim, o intercâmbio apenas começado esmoreceu e dele não mais se falou até, por fim, também o padre Gallo falecer em 2003, sete anos depois da morte súbita do presidente Castor. 

Entre 1985 e 1990, em missão do serviço exterior brasileiro exerci o cargo de Vice-Cônsul do Brasil em Caiena vindo a ser removido, no término da missão, para a Comissão de Limites em Belém do Pará onde eu já havia trabalhado anteriormente de 1974 a 1980. Nesta repartição técnica de fronteiras do Ministério das Relações Exteriores finalmente aposentei-me, em 1998, e no ano seguinte passei a trabalhar para o governo estadual do Pará, na Companhia Paraense de Turismo. 

Participei do voluntariado denominado Grupo em Defesa do Marajó (GDM), criado em 1994 e dissolvido em 2014, através do qual me tornei também voluntário do Museu do Marajó. Já de 1967 e 1968 eu havia sido Secretário Municipal de Finanças em Ponta de Pedras (um dos dezesseis municípios da região do Marajó) e de 1995 a 1996 desempenhei cargo de Secretário Municipal de Meio Ambiente na mesma prefeitura: quero dizer, então, que por acaso nesta experiência me tornei "especialista" em assuntos amazônicos, eventualmente com ênfase nas relações interregionais franco-brasileiras. 

Deste modo, explico sucintamente minhas participações na cooperação consular sobre o Norte do Brasil e a Região da Guiana, cooperação internacional da Associação de Municípios do Arquipélago do Marajó (AMAM), assessoria de relações institucionais da Companhia Paraense de Turismo (PARATUR), idem voluntário do Museu do Marajó (2003-2010).  Neste último papel, fui intermediário da tentativa do presidente do Museu do Marajó (MDM), Carlos Alberto Leão; em estabelecer contato através da Embaixada da França em Brasília com o Museu do quai Branly - Jacques Chirac, sem resposta. 

Mais tarde, durante mandato de Ana Júlia Carepa no Governo do Estado do Pará (2007-2010), de modo a sensibilizar a direção do referido museu francês a respeito do interesse marajoara em estabelecer intercâmbio; através de amigos do Museu do Marajó em Paris enviei informalmente um exemplar da obra Cultura Marajoara, da arqueóloga Denise Shaan. Agora sim, a segunda tentativa houve recepção simpática, com manifesta disposição do lado francês em trocar informações com o modesto museu comunitário da ilha do Marajó. 

Desta vez, infelizmente, foi o lado brasileiro que se desinteressou deixando o Museu do Marajó de lado. Para piorar as coisas, membros da Associação O Nosso Museu do Marajó entraram em acesa discórdia pelo controle da diretoria e não se entenderam mais... Como a esperança é a última que morre, quem sabe agora sob o signo de 2018, reine a paz entre ambas fileiras e novamente juntos decidam levar o Museu do Marajó a melhores dias? São os nossos melhores votos para o futuro.


A PLATAFORMA INTERNACIONAL PARA ECOMUSEUS E MUSEUS COMUNITÁRIOS PODERÁ SER UM PILAR DA PONTE DO OIAPOQUE?

Quando se anunciava a construção da ponte sobre o rio Oiapoque, muitas vezes, foi dito que esta seria a maior ponte do mundo: posto que de pequeno tamanho, representava a histórica ligação franco-brasileira - de cinco séculos! -, entre as duas margens do Mar-Oceano... Coincidentemente, nesta margem extremo-ocidental do Atlântico, a beira do lago Arari, há 1600 anos, foi berço da antiga Cultura Marajoara pré-colombiana, cujos patrimônio histórico já se acha presente em Paris, dentre o faraônico acervo do Museu das Artes e Civilizações da África, Ásia, Oceania e Américas

Cacos cerâmicos em Marajó e arte marajoara em Paris, por certo, poderão vir a ser partes integrantes das visões conjuntas de Henri Anatole Coudreau (1859-1899) e Eidorfe Moreira (1912-1989). O futuro da capital do Pará está vinculado a sua expressão geográfica, que, naturalmente, se projeta à grande área cultural guianense envolvendo a Amazônia atlântica e o Caribe. Deverá ser aspiração brasileira o desenvolvimento da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), onde a França por causa da Região Guiana tem status de observador. A Educação, Meio Ambiente e Cultura são, naturalmente, pontes de cooperação: mas, a cooperação descentralizada Brasil-França que poderia ter grande vitalidade nas atividades de ecomuseus e museus comunitários nos dois países padece de quase paralisia. 

O Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e seu homólogo na França poderiam, certamente, ser o eixo disto que vimos escrevendo muitas vezes em nossos escritos. A longo prazo podemos vislumbrar oportunidade para projeto em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), no sentido da instituição decana da Amazônia vir a estabelecer extensão da Estação Científica Ferreira Penna (ECFP), no Marajó, na cidade de Cachoeira do Arari, destinada a organizar exposição permanente de peças e coleções atualmente encontradas em museus no exterior, que venham a aderir a programa de repatriamento de acervos. Um tal programa ou projeto poderia ser contemplado pela UNESCO no quadro da Agenda 2030, dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável mobilizando o Brasil e o Estado do Pará.


A primeira informação sobre a cerâmica marajoara aparece na Notícia da Ilha Grande de Joannes dos rios e igarapés que tem na sua circumferencia, de alguns lagos que se tem descoberto e de algumas couzas curiozas , autor anônimo , anos 50 do século XVIII (in O Novo Éden: a fauna da Amazônia brasileira nos relatos de viajantes e cronistas desde a descoberta do rio Amazonas por Pinzón (1500) até o Tratado de Santo Ildefonso (1777), Nelson Papavero [et al.], Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2002, 2ª edição). O autor desta notícia foi, provavelmente, Florentino da Silveira Frade, inspetor da ilha, guia e informante do naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira, autor da Notícia Histórica da Ilha Grande de Joanes, ou Marajó (1783). que corrobora informação da primeira Notícia sobre achado do sítio arqueológico do Pacoval do rio Arari, na Notícia Histórica.

No ano de 1973 foi criado - com nítida feição de ecomuseu segundo o conceito inovador formulado por Georges Henri Revière e Hugues de Verine - o sui generis O Nosso Museu de Santa Cruz do Arari (1973-1981) precursor de O Nosso Museu do Marajó, transferido para Cachoeira do Arari em 1983 e aberto ao público em 1984. Em sua primeira fase (cf. Giovanni Gallo, Motivos Ornamentais da Cerâmica Marajoara: 3ª ed. O Museu do Marajó, Cachoeira do Arari, 2005).


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Arte Marajoara pré-colombiana, Urna funerária procedente da Ilha de Marajó. Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, PA




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