BELÉM DA AMAZÔNIA: RETALHOS GEOCULTURAIS.

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Doca do Ver O Peso, antiga foz do Igarapé do Pery, junto ao outeiro na margem esquerda onde se ergueu o Forte do Presépio (12/01/1616), berço da cidade de Belém do Grão-Pará. Ao fundo, a Rua Marquês de Pombal.





Por necessidade médico-obstétrica de minha mãe, nasci na maternidade da Santa Casa do Pará, outubro de 1937. Pobre mamãe, deveras morria de medo de atravessar a perigosa baia do Marajó em canoa à vela durante os meses de ventania. Mas não havia outro meio. Cresci entre chuvas e esquecimento no bairrozinho do Fim do Mundo na vila Itaguari (Ponta de Pedras), na grande ilha do Marajó, situada no delta-estuário do rio Amazonas. A qual o padre Antônio Vieira dissera ser maior que o reino de Portugal, então povoada de bravos Nheengaíbas falantes de muitas línguas "dificultosas" próprias do "rio Babel" (Amazonas). 

Meu pai era filho de índia marajoara, minha avó Antônia Silva; com descendente de cristãos novos portugueses, provavelmente; meu avô capitão Alfredo Nascimento Pereira. Minha avó tapuia depois de parir três filhas e dois filhos morreu de parto de filhos gêmeos, no dia 22 de agosto de 1904, um deles natimorto recebeu o nome Manuel e o sobrevivente foi batizado Rodolpho Antonio, do nome do padrinho alemão e da índia falecida.

Minha mãe nasceu em plena guerra de 1914, no dia 18 de dezembro. Ela era descendente de judeus convertidos da Galiza por parte de pai, meu avô Francisco (aliás Celestino) Pérez Varela; e do avô dela Pedro Peres de Castro, dono de escravos no Baixo Arari. Minha bisavó materna chama-se Micaela Varela Rincón, cristã velha nascida nas Astúrias. Nas memórias da família consta que foi ela, cansada das guerras de Espanha onde o marido e dois filhos maiores serviram de bucha de canhão aparentemente na guerra colonial de Cuba; quem determinou a emigração de meu avô Celestino antes dele ser recrutado. 

Gosto de repetir o historiador José Honório Rodrigues, quando ele disse "a História não é para os mortos"... Claro está que, no passado, qualquer modificação na árvore genealógica de minha família a história seria outra e eu não estaria aqui agora a contar estórias. Sou sangue cabano mistura fina de índios e pretos, com um quartilho da ralé judia e outro tanto de massagada árabe que deu na invenção do país do futuro, Brasil. 

A carne da história alimenta-se de acontecimentos e fantasias... Deuses e demônios, fados e milagres compõem a espessa colcha de retalhos alegres ou tristes, feios ou bonitos; que cada um de nós tece ao longo da vida. A morte realmente não existe aos olhos infinitos da vida... Tudo é movimento e sucumbir como as ondas do mar, Nietzsche disse pela boca de Zaratustra que o homem é uma corda estendida sobre o abismo.

Sem os delírios do Sebastianismo professado pelo trovador sapateiro Bandarra, da vila de Trancoso (Portugal), não existiria Restauração da monarquia portuguesa tal como a profecia sucedeu e o rei da independência não teria sido Dom João IV de Bragança, dando cabo à União Ibérica (1580-1640)... Tampouco, sem as loucuras do Quinto Império do mundo; o padre Antônio Vieira não teria sido quem ele foi. O famoso encontro de Amsterdã, refúgio da comunidade judaica portuguesa; com o rabino Menassé Ben Israel (cristão novo Manuel Dias Soeiro, da ilha da Madeira), autor da obra As Esperanças de Israel com a tese de que os índios americanos seriam descendentes das tribos hebraicas perdidas do cativeiro da Babilônia, foi determinante para a obra ecumênica e geopolítica do padre Antônio Vieira, conselheiro do rei de Portugal... O mesmo mito de Dom Sebastião habita ainda o Brasil lendário, Rei Sabá na tradição da Mina no Maranhão e Pará vive sentado à beira mar em São João de Pirabas... Ignoro se Stefan Zweig leu Vieira, todavia acredito que na solidão de Petrópolis antes de cometer suicídio mais de uma vez ele tenha meditado a respeito do mito milenarista de Joaquim de Fiori que desaguou no Quinto Império...

Fizemos Cristo nascer na Bahia ou em Belém do Pará, segundo o antropófago Oswald de Andrade (Manifesto Antropofágico, 1928). Vieira ficou mais conhecido pelos elegantes sermões barrocos e menos pela "heresia judaizante" (ver História do Futuro e o ecumênico Clavis Prophetoruminconcluso) que o levou à condenação e cárcere da Inquisição; o payaçu dos índios resta pouco conhecido por sua passagem no Maranhão e Grão-Pará (Amazônia portuguesa), entre 1652 e 1661. Foi quando ele escreveu a famosa carta secreta ao bispo do Japão, a caminho da aldeia do Camutá (Cametá-PA), em 29 de abril de 1659. Preso no labirinto amazônico, o padre grande dos índios, grita em letras loucas na tal carta secreta As Esperanças de Portugal: "Bandarra é verdadeiro profeta!".

A realidade, todavia, no ano de 1656 bateu duro no profetismo luso: no Pará, o padre João de Souto Maior, primeiro missionário da paz aos Nheengaíbas morreu de fadiga, febres e fome durante a viagem do ouro do Pacajás; Dom João IV estava morto; assim que o rabino Menassé Ben Israel, da comunidade sefardita de Amsterdã...

Dizendo isto para justificar a loucura da parte que me toca na história da descoberta do vasto mundo. Cheguei aqui e agora 100 anos depois do fim da Grande Guerra, nesta complexa teia cibernética na qual segredos de estado se acabam, sonhos e alegorias cifradas se revelam das antigas invenções ora resinificadas, um mergulho amazônico no tempo e espaço ou espaço-tempo como a Física prefere. Cacos de índio e fragmentos de memória quem pode revelar coisas que nunca dantes se vislumbraram e, no entanto, sempre estiveram aí.

Por exemplo, o Brasil foi 'achado' no Pará e 'descoberto' na Bahia. Como assim, cara pálida? Duarte Pacheco Pereira, cosmógrafo do rei de Portugal, veio às lindes do tratado de Tordesilhas (1494) que ele mesmo no papel de conselheiro da parte lusa havia ajudado a fixar: a missão secreta foi realizar observações astronômica 'in loco" a fim de possibilitar o descobrimento... Era o ano de 1498, dois anos antes de Pedro Álvares Cabral com sua frota de passagem. em Porto Seguro, a caminho das Índias. Isto do ponto de vista da historiografia portuguesa com a sua curiosa teoria do segredo das antigas navegações cartaginesas e gregas. Nunca ouviu falar? Claro que daria um belo curso acadêmico, porém o que importa agora? Importa sim para a gente do rio e do mar se dar conta da antiga invenção do mundo e como a Antiguidade está presente na Modernidade.

 boca da noite, no fim da jornada, os três caravelões portugueses com homens vindos da jornada do Maranhão acabam de entrar no Rio Pará. Chegam em vias de conquistar o "rio das amazonas". O comandante da expedição é o português Francisco Caldeira de Castelo Branco, capitão-mor do Rio Grande do Norte, que manda as ditas naus dobrarem a ilha do Sol (Colares) a fim de recolher as velas e fundear às ilhargas da aldeia dos Tenoné, junto à Ponta do Mel (depois Vila do Pinheiro, Icoaraci). Ali os navegantes foram pernoitar. Tudo se encontrava estranhamente calmo e parecia ter esperado , há séculos, por esta hora." 

José Varella [José Marajó Varela], "Amazônia Latina e a Terra sem Mal": Belém do Pará, 2002. 



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Forte do Castelo, antigo Presépio, em Belém do Pará.


Localização de Judá
Os reinos de Israel e Judá no século IX antes de Cristo.


A tomada de São Luis do Maranhão aos franceses (1515) teve como antecedente o casamento do cristão novo Martim Soares Moreno com a índia Paraguassu, filha do cacique Jacuúna da aldeia de Jaguaribe (Ceará). Embora o assunto tenha sido romanceado pelo escritor cearense José de Alencar, os historiadores luso-brasileiros não oferecem maiores explicações a respeito deste e outros episódios onde entram em acordo judeus cristianizados e nativos. A lista é extensa. Sem esquecer o mercado marítimo negreiro dominado por judeus, geralmente residentes na Holanda e Inglaterra.

Resta algo como uma história secreta onde judeus e cristãos novos assumem papeis de protagonismo. Um complexo de culpa que deveria ser enfrentado com coragem na busca da descolonização dos espíritos. Não bastou o Marquês de Pombal proibir a diferenciação entre "cristãos velhos" e "cristãos novos", nem expulsar os Jesuítas para o Diretório dos Índios (1757-1798) emancipar os índios em 'caboclos'. 


     Fica decretado que agora vale a verdade.
       agora vale a vida,
       e de mãos dadas,
       marcharemos todos pela vida verdadeira. 
      Estatuto do Homem, Thiago de Mello.
Do casamento do judeu de origem marroquina com a índia Paraguassu nasceram mamelucos danados, já naturalizados pernambucanos, paraibanos, potiguaras, cearenses, maranhenses... A nação tupinambá aliada agora aos odiados peró (portugueses) de outrora anistiavam o passado a fim de premeditar o futuro da conquista da Yvy marãey (terra sem mal). Já a marcha se fazia para oeste, rumo ao porto do sol, desde a Paraíba. O forte do Presépio (1616), para os índios era concretude do sonho dos pajés-açus... "Deus criou o homem para dormir e sonhar" (o índio tupinambá perante o visitador do Santo Ofício, em "A Heresia dos Índios", Ronaldo Vainfas). Erich Fromm, em "A Linguagem Esquecida" demonstra como o inconsciente coletivo age através dos indivíduos de uma dada coletividade. Na ereção do forte do Presépio duas nações tinham sonhos diferentes, porém convergiam na conquista do grande rio das Amazonas: no meio do caminho havia uma ilha maior do que o reino de Portugal...

Então, nasceu das águas grandes do mar e do rei dos rios rios o incipiente burgo à sombra do forte: Santa Maria de Belém do Grão-Pará, Feliz Lusitânia; figurativa de Belém de Judá da diáspora. Se os caraíbas dormiram talvez ao fim daquele dia para sonhar com a Terra sem males; o capitão-mor Castelo Branco recordava o Reino de Judá e as tribos perdidas do cativeiro da Babilônia...
A arqueologia vem demonstrando que, durante os séculos IX e VIII a.C., Judá não passava de uma região atrasada, predominantemente rural, prejudicado pelo isolamento geográfico e com uma população politeísta formada principalmente por pastores nômades e mencionado por fontes estrangeiras pela primeira vez apenas em 750 a.C., dois séculos após a formação do Reino de Israel. Este, por outro lado, localizado numa região mais privilegiada para a agricultura e rota de comércio entre os portos fenícios e os estados mesopotâmicos, gozou de grande desenvolvimento anterior, durante os séculos IX e VIII a.C., estendendo suas fronteiras entre os territórios arameus ao norte da Galileia, instalando palácios em diversas partes do reino e formando um poderoso exército.



Oriente Médio em 830 a.C.

Governando como vassalo da Babilônia, o Rei Zedequias manteve-se no poder por 11 anos, quando então rebelou-se contra Nabucodonosor, provavelmente ao recusar-se pagar tributo. Foi o suficiente para que invadisse Jerusalém, matasse seus habitantes, despojasse o templo de todos os seus bens de valor e ateasse fogo a ele. O Reino de Judá deixou assim de existir.

No território de Judá permaneceram apenas os mais pobres. Todo o restante do povo que sobreviveu ao ataque de Nabucodonosor II foi levado às cidades do reino da Babilônia. O período do Cativeiro da Babilônia estimulou o povo de Judá a um sentimento de identidade étnica e religiosa. O relato bíblico deste período, entre a conquista de Jerusalém e a da Babilônia por Ciro II; é onde se utiliza de forma consistente o termo "judeu" identificando o povo de Judá, ou da mesma etnia e seguidores da mesma religião deste povo. A nação judaica sobreviveu para retornar à Palestina e repovoar a província persa de Judá (Yehud), mais tarde denominada Judeia, pelos romanos.

Os primeiros assentamentos no local onde está a cidade da antiga Belém, datam 3 000 a.C.. No território hoje constituído por Israel e Palestina se assentaram tribos cananeias, as principais chamadas jebuseus, hititas e amaritas que tinham pequenas cidades cercadas por muralhas. Uma destas cidades foi Beit Lahama, em homenagem a Lahm, deus caldeu da fertilidade adotado pelos cananeus com nome de Laham, a quem construíram um templo, localizado no atual Monte da Natividade, voltado para os vales férteis da região, depois chamados Campo dos Pastores.
Em 1 350 a.C. um governador egípcio da região menciona a cidade de Belém, em carta ao faraó Amenófis III, como ponto de repouso para viajantes. Por ser ponto estratégico, os filisteus aí mantinham uma de suas divisões militares, impondo sua hegemonia em 1 200 a.C., passando a se miscigenar com os cananeus. 

A disputa por terras entre filisteus e israelitas foram causa de numerosas guerras na Antiguidade. Os gregos ocuparam a Terra Santa por mais de um século, até a chegada dos romanos, em 63 a.C. Após o ano 313, o imperador Constantino iniciou a construção de várias igrejas, das quais se destaca a basílica da Natividade, sobre a gruta onde Jesus nasceu segundo a tradição cristã. Belém passou a ser então importante centro de vida religiosa.

Belém foi identificada com a antiga Efrata (Gênesis 35:16; idem 48:27; Rute 4:11), é chamada de Belém Efrataem (Miqueias 5:2); localizada na área montanhosa de Judá, chamada também como Belém de Judá (Juízes 17:7; Mateus 2:5; I Samuel 17:12), possivelmente para distingui-la de Belém de Zebulom (Josué 19:15) e "a cidade de Davi" (Lucas 2:4).

Belém é mencionada também como local de nascimento de Jesus (Mateus 2:1-6; Lucas 2:4-15; João 7:42), cumprindo-se, então a profecia messiânica: «E tu Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum o menor dentre os principais lugares de Judá. Porque é de ti que há de sair o Chefe, que há de pastorear o meu povo, Israel.» (Miqueias 5:2).




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Torre de Belém, Lisboa, Portugal.

Patrimônio cultural da Humanidade, reconhecido pela UNESCO, a Torre de Belém foi projetada inicialmente pelo rei de Portugal Dom João II, porém iniciada a construção em 1514 concluída em 1520, durante o reinado de Dom Manuel I, na era gloriosa da história do reino de Portugal em consequência do comércio marítimo com a Índia. Era, sobretudo, de expansão colonial. A torre é símbolo arquitetônico dos Descobrimentos portugueses e assinala o renome do rei Dom Manuel I, coroado em 1495; seu nome advém da antiga freguesia de Santa Maria de Belém, do concelho de Lisboa. O território da antiga freguesia hoje contém o Palácio de Belém, sede do governo português, além de espaços verdejantes com museus, parques e jardins num ambiente ribeirinho com cafés e área de passeio público.

A expressão geocultural de Belém Ocidental, cognome da cidade de Lisboa; transplantou-se de diversas formas ao descobrimento e invenção do Brasil. Especialmente, após a tragédia da morte de Dom Sebastião durante a fracassada conquista do Marrocos, com o domínio da Espanha no decorrer da União Ibérica (1580-1640). O trauma da decadência veio a marcar gerações e foi precisamente naquele período que o povo português gestou uma das suas mais significativas criações: o Sebastianismo. Traço psicológico e cultural transmitido ao Brasil emergente também, onde se adivinham as raízes da Diáspora judaica eivada de sofrimento e esperança, marca indelével do catolicismo português espalhado no mundo onde houve presença do pequeno, porém atrevido colonizador tão bem expresso no Fado Tropical, de Chico Buarque de Holanda. 

Pois, na amargurada lembrança de Portugal sob domínio da arquirrival Castela, o portuguesismo escondia a fibra e fidelidade de imigrantes de Judá e Israel debaixo das perseguições religiosas, suspeitas políticas, contravenções e subversões secretas que deram teor ao multiculturalismo chamado Sebastianismo. No Brasil colonial e também na Península Ibérica, judeus clandestinos deram curso ao fenômeno notável daquele período dos marranos (Espanha) ou cristãos novos (Portugal), enlaçando comunidades portuguesas na Holanda, Inglaterra, França, Índia, África e China. 

O Santo Ofício tornou-se instrumento de terror e convertidos de Israel e do Islã foram vítimas preferenciais de perseguição. A fundação de Santa Maria de Belém do Grão-Pará, a Feliz Lusitânia amazônica, em 12 de janeiro de 1616; estava no olho do furacão da disputa colonial entre a União Ibérica católica apostólica romana e a França huguenote sob monarquia católica; a Holanda e Inglaterra "herege" (protestante). O grande contexto histórico da invenção da Amazônia (estado do Maranhão e Grão-Pará), no século XVII. No bojo daquele período histórico se descrevem, por exemplo, o encontro reservado do padre Antônio Vieira com o rabino português Menassé Ben Israel; donde as consequências histórica do encontro de Amsterdã no chamado "Papel Forte" (proposta do reconhecimento da independência de Portugal pela Holanda; em câmbio do regresso dos judeus portugueses a Portugal e a entrega de Pernambuco aos holandeses). Motivo da desgraça política de Vieira e causa de sua quase expulsão da Companhia de Jesus, remediada pela Missão do Maranhão (1652-1661), da qual reluz a carta secreta de 29/04/1659 e a carta ao rei Dom Afonso VI prestando contas da Missão, datada de 29/11/1659, publicada em Lisboa em 11/02/1660.




A diáspora judaica cerca de 1490, vésperas da Reconquista da Ibéria pelos cristãos e do descobrimento da América.


estátua de Cristóvão Colombo na vila de Cuba, Portugal.


Ora, tudo isto aqui vem em tela devido o Descobrimento da América, por Cristóvão Colombo; apresentado como navegador genovês a serviço dos Reis Católicos. Portugal ameaçou ir à guerra contra Espanha. Para evitar o choque entre os dois reinos católicos, portugueses e hispânicos negociaram o Tratado de Tordesilhas (1494): a partilha do mundo "achado e por achar" entre as duas coroas, por um meridiano a 370 léguas de distância a oeste de Cabo Verde. O acordo foi levado ao papa Alexandre VI (espanhol Rodrigo Bórgia), que homologou mediante publicação de uma bula. Francisco I, rei da França, protestou chamando que Tordesilhas era o "testamento de Adão" e soltou os seus corsários para assaltar terras ultramarinas dos ditos reis. Logo a Holanda não se fez de rogada e a "pérfida Albion" (Inglaterra) fez parceria com piratas do Caribe.

A Terra gira em torno do Sol, mas a Santa Sé põe fé no milagre de Josué fazendo a Terra parar a fim de exterminar os Filisteus em um único dia... Passaram-se 500 para pedir desculpar a Galileu Galilei e para o mundo cristão saber que Colombo era espião português de origem judaica!... E os Filisteus (Palestinos) ainda resistem até hoje. Em 2006, foi inaugurada na vila de Cuba (Portugal) uma estátua da autoria de Alberto Trindade em homenagem a Cristóvão Colombo, descobridor da América, no mesmo dia 28 de Outubro que o navegador terá aportado à ilha de Cuba, no mar do Caribe, em 1492, 16 dias depois de chegar à ilha Guaanani (Bahamas), a qual colocou nome de ilha do Salvador. Colombo escreve dizendo ter chamado "Joana" àquela ilha, porém curiosamente ficou sendo conhecida por Cuba, mesmo nome da vila onde o descobridor nasceu.

Segundo a tese defendida pelo historiador português Mascarenhas Barreto ("Colombo Português: Provas Documentais"), o famoso almirante teria nascido em Cuba, em 1448, como filho ilegítimo do infante D. Fernando, duque de Viseu e de Beja, e de Isabel Zarco. O nome Cristóbal Colón, em castelhano, seria um pseudônimo como espião a serviço de D. João II, sendo ele descendente de cristãos novos (judeus convertidos ao cristianismo), de nome próprio Salvador Fernandes Zarco, alegado neto materno do navegador João Gonçalves Zarco (Portugal continental, c. 1390 - Funchal, 21/11/1471). O suposto avô de Colombo foi navegador português e cavaleiro fidalgo da Casa do Infante D. Henrique. Comandante de barcas, escolhido pelo Infante para organizar o povoamento e administrar como donatário a parte do Funchal, na Ilha da Madeira, a partir de cerca de 1425. 

A Ilha da Madeira tem papel estratégico na história dos descobrimentos portugueses: lá efetivamente começou a célebre escola náutica de Sagres. Mais que isto, foi laboratório da colonização portuguesa com a importação da cana de açúcar trazida da índia e distribuída às colônias. Na Madeira também foi criado o sistema de Morgadio (herança fundiária pelo filho mais velho), que se tornou cerne das capitanias hereditárias no Brasil.

Escola de Sagres

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