ANO INTERNACIONAL DA LUZ (2015): NA BOCA DO MAIOR RIO DO MUNDO A CRIATURADA GRANDE DE DALCÍDIO PERMANECE NAS TREVAS DO ANALFABETISMO.

MESTRES DA PRIMEIRA UNIVERSIDADE PÉS DESCALÇOS DO BARRO DO PRINCÍPIO DO MUNDO MANDAM RECADO A TODOS E A NINGUÉM.

Se você for convidado a visitar amostra de cerâmica marajoara no Museu Nacional, no Rio de Janeiro; ou no Museu do Quai de Branly, em Paris; terá oportunidade de ver onde foram parar peças e coleções tiradas dos tesos da ilha do Marajó, mas por melhor que seja a técnica museológica aplicada jamais poderá ser comparável ao sítio onde aquela arte foi criada. Nem mesmo em Belém poderia ser a mesma coisa. "Cacos de índio" no Museu do Marajó, em Cachoeira do Arari, são atestado de como o Estado do Pará e todo Brasil -- inclusive municípios da mesorregião --, tratam o patrimônio ancestral da gente marajoara. Gente esta expressamente mencionada como objeto final da área de proteção ambiental do arquipélago do Marajó (Constituição do Estado do Pará, artigo 13, VI, parágrafo 2º). 

O texto constitucional paraense, de 1989, colocou a proteção do meio ambiente das ilhas em função da melhoria de condições de vida da "Criaturada grande de Dalcídio". IDH da gente marajoara em outras palavras... Desta maneira, o deputado constituinte sem o mencionar explicitamente atendeu às recomendações da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), no que diz respeito ao programa Homem e Biosfera (MaB – Man and the Biosphere), criado como resultado da "Conferência sobre a Biosfera" realizada em Paris em setembro de 1968. O MaB foi organizado em 1971 pela UNESCO, sendo um programa de cooperação científica internacional sobre as interações entre o homem e o meio natural onde ele vive. 

Sessenta anos depois, a par da COP-21 em Paris no final deste ano, o MaB poderá vir a ser chamado junto à rede mundial de reservas das biosfera integrada ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) a desempenhar um papel nunca dantes na história planetária. Mais ainda quando a ONU declarou 2015 o "Ano Internacional da Luz" e na Amazônia a geração de energia mediante barragens de grandes rios anda em discussões polêmicas produzindo mais calor do que luz.

Porém a APA-MARAJÓ que seria para nós, mãe de nossa reserva da biosfera agora não saiu do papel e até hoje não ata nem desata. Por isto a mesma gente marajoara representada por diversas entidades da sociedade civil pediu às autoridades brasileiras, desde a I Conferência Nacional de Meio Ambiente (2003), que a dita cuja fosse preparada a se candidatar ao reconhecimento oficial como a sétima reserva da biosfera brasileira a par da Mata Atlântica / Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Amazônia Central, Serra do Espinhaço e para encerrar a cobertura de biomas brasileiros a novas reservas da biosfera do Marajó-Amazônia e dos Pampas Gaúchos completando assim a parte brasileira do programa "O Homem e a Biosfera" (MaB) da UNESCO.

Sonhamos ver protegido nacional e internacionalmente o bioma do golfão marajoara, notadamente seus ecossistemas de campos naturais, litoral praiano, manguezais, mondongos, várzeas, florestas e zonas úmidas em mais de 2.500 ilhas fluviais e marinhas em cujas ilhargas flui continuamente cerca de 20% da água doce superficial da Terra. Mas a poderosa força da ignorância e da inércia conspira contra a quebra do secular isolamento da mesorregião insular onde vivem mais de 400 mil brasileiros esperando do turismo recursos para melhoria do vergonhoso IDH. 

Na "Viagem a Portugal" Saramago percorreu o caminho de Almeida Garret e eu seu leitor, por saliência incorrigível sempre a mandar cartas a Deus e o mundo, o convidei por escrito a emendar viagem no roteiro do sábio de Coimbra Alexandre Rodrigues Ferreira, Amazônia adentro, na "Viagem Philosophica" desde a vila de Monforte (Soure-Salvaterra) transplantada à costa-fronteira do Pará, antiga aldeia de índios Joanes, na ilha do Marajó. O famoso Prêmio Nobel português não me respondeu nada, nem eu esperei que ele se desse ao trabalho de dizer alguma coisa a um marajoara desconhecido, sem eira nem beira. Bastou-me saber que não estou só nesta enorme loucura que também era dele, de ser contra tirarem peças arqueológicas donde o tempo as deixou ficar por séculos. Ao contrário, melhor seria levar ecomuseus às ilhargas de sítios arqueológicos, lugares de memória e monumentos naturais.

Claro, entretanto, que na ilha do Marajó uma centena de aterros milenares feitos do barro do princípio do mundo pela mão hábil do "Homo sapiens var. Tapuia" (na graciosa taxionomia do sábio de Coimbra) levantados do chão de Dalcídio no corpo sensível da Biosfera, espalhados por campos alagados e "ilhas" de mato a esconder tesos de vistas curiosas em meio à biodiversidade da flora e da fauna, mais ou menos encharcados, não têm o mesmo charme turístico das ruínas de Machu Picchu. No entanto, sabe lá para o progresso da Ciência o que ainda podem esconder esses monumentos pré-colombianos em meio à devastação e arrombamentos estúpidos dos tesos pisoteados por búfalos e outros bichos!... 

Os tesos da ilha do Marajó foram aldeias suspensas: cada uma com sua maloca cheia de vida e gente criativa e diligente, floridos cultivares de bananeiras, mandioca, cueira, ervas mágicas e ainda à ilharga do habitat dos vivente a última morada dos mortos em suas artísticas urnas funerárias e pertences com gravuras simbólicas à guisa de escrita ideográfica. Onde, no seio do tempo do sonho, matriarcas e caciques alimentaram por tanto tempo a história oral daquela gente desconhecida e agora atiçam nossa imaginação de viajantes do mundo como fogo sagrado vindo do alto céu junto ao espingarito das estrelas... Os tesos da ilha do Marajó são, naturalmente, os primeiros ecomuseus deste mundo: mostram-nos ainda a engenharia e arquitetura dos antigos marajoaras além da arte ceramista a mais famosa das Américas para quem houver olhos de ver o futuro além do passado perdido. Pena que, por tanto tempo, o Brasil inteiro tenha estado cego a este tesouro tal qual disse o padre grande Antônio Vieira, em São Luís do Maranhão, no "Sermão aos Peixes" (1654). Embora ele também, a seu tempo, não tenha visto nada destas coisas quando falou dos invencíveis Nheengaíbas na "História do Futuro".

Mas, então, depois que a esperança venceu o medo e o futuro já chegou para esta gente do fim do mundo, o projeto de criação de uma universidade multicampi no maior arquipélago fluviomarinho do planeta deveria ser visto como uma oportunidade ímpar de inovação em ciência e tecnologia do barro além de biotecnologia sem preconceito em simbiose com os pajés investidos de sua antiga dignidade tradicional. Onde se achará inspiração para ecocivilização do Trópico úmido desejada na experiência do passado libertada de dogmas da censura da colonialidade. Desta forma, um ecoturismo educativo de base na comunidade poderia aproveitar, por exemplo, a ruína de Joanes como portal de turismo arqueológico no Marajó integrado ao turismo rural com a cara marajoara a ser dotada de infraestrutura a dar lugar à arquitetura compatível em cooperação internacional, no âmbito do MaB, previsto eventual repatriamento de cerâmica marajoara como reforço de atrativo.

Por outras palavras: a cerâmica marajoara salva da destruição e do contrabando por grandes museus no Brasil e no mundo ao retornar à ilha natal, finalmente, trará também através dos mesmos museus parceiros viajantes do mundo amigos do MaB. Por que não?



ENTRE CHUVAS E ESQUECIMENTO: 
À MARGEM DO MAIOR PAÍS AMAZÔNICO A ARTE PRIMEIRA DO BRASIL SERVINDO DE CAPA DA TRAGÉDIA MARAJOARA.

Naturalmente, sem culpa de ninguém, depois de 500 anos o mundo esqueceu a invenção do Brasil lá pela Europa medieval nas imaginações de achados e descobrimentos da ilha do Brazyl dentre as ilhas Afortunadas, o país de São Brandão e outras lendas caducas do Mar-Oceano. Entretanto, doravante, mais que deficiência o esquecimento é uma doença  chamada Mal de Alzheimer quando afeta um indivíduo e uma crime de lesa pátria quando atinge um país inteiro. A popular leseira amazônica, por exemplo. 

Se a geografia serve para fazer a guerra, a história poderia ao contrário favorecer a paz se fosse tomada a sério a sisuda lição de Espinoza: não rir, nem chorar mas compreender... A história da Ciência pelo menos. Quanta tolice e tatear no escuro até achar a luz no fim do túnel? Por exemplo, a teoria do segredo das antigas navegações guardada a sete chaves, finalmente revelada no caminho marítimo das Índias na viagem de Vasco da Gama e toda a revolução tecnológica nos trilhos dessa aventura da tal "ilha" do brazyl procurada. Cuja metade do caminho estava onde as "calmarias" - ou seja, a Corrente equatorial - divide a zona tórrida das Antípodas (hemisférios Norte e Sul). Lugar infernal e intransponível, segundo a arcaica teoria de Santo Agostinho...

Então que, na verdade, Cristóvão Colombo, aliás Salvador Fernandes Zarco, cristão-novo da vila de Cuba (Alentejo, Portugal), donde a ilha de Cuba foi dada em homenagem à terra natal do descobridor; era espião do rei de Portugal dom João III na corte dos Reis Católicos? Todavia, o piloto da caravela "Niña", Vicente Yañez Pinzón, era um cristão-velho de absoluta confiança dos espanhóis. Assim a rivalidade entre os dois reinos ibéricos estava a bordo das três caravelas do descobrimento da América em 1492. O leitor do século 21, para que se faça luz sobre os referidos acontecimentos afastando as brumas do passado distante, deve ser advertido sobre as armadilhas de linguagem das épocas: achar é topar qualquer coisa no caminho e pelo descobrimento revela-se coisa achada ou guardada em segredo...

Hoje nós podemos dizer que o Brasil foi achado em 1498 no Pará por Duarte Pacheco Pereira; e em 1500 descoberto na Bahia por Pedro Álvares Cabral. O achado do cosmógrafo do rei deu-se em viagem secreta e seu interesse científico consistiu em fazer observações astronômicas capazes de garantir os direitos de Portugal conforme aquela linha meridiana imaginária a 370 léguas a oeste de Cabo Verde de que trata o Tratado de Tordesilhas (1494).  Duarte Pacheco foi consultor técnico nas cabulosas negociações entre Portugal em Espanha em Tordesilhas. De modo que no Grão Pará veio ele in sito determinar a costa-fronteira do Pará: prováveis limites entre as duas possessões ibéricas a fim de Pedro Álvares Cabral descobrir o país do brazyl (matéria mineral corante substituída depois pelo pau-Brasil). A Ilha do Marajó e tudo mais a oeste da dita costa-fronteira até o Pacífico cabia totalmente a Castela, inclusive a doação de Nova Andaluzia junto ao Cabo Norte (Amapá) até o rio Japoc ou Oyapock(Oiapoque), futuramente, ao descobridor do rio das Amazonas, Francisco de Orellana (1542), tragicamente desaparecido nas águas do Grão Pará, em 1544, quando o donatário e governador Adelantado del Río buscava ocupar a terra dos Tapuias.

Já, em sentido metafórico, quando Oswald de Andrade escreve, no "Manifesto Antropofágico" (1928), "fizemos Cristo nascer na Bahia ou em Belém do Pará"; a frase equivale a uma descoberta grande. A qual, de fato, proclama a independência cultural brasileira capaz de obrar milagres tanto quanto os civilizadores do extremo Ocidente: mas, o achado desta mesma cultura não tem data nem autor conhecido, posto que do alto de nossa ignorância 1800 anos nos contemplam desde a primeira cultura complexa da Amazônia e da primeira arte cerâmica do Brasil. Coisa admirada em grandes museus nacionais e estrangeiros.

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 "Primeira Missa no Brasil", Victor Meireles (1860).

O nascimento de Cristo na Bahia faz sentido na primeira missa, na praia da Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, conforme a carta do Descobrimento pelo escrivão da frota Pero Vaz de Caminha, em 26 de abril de 1500. No Pará, a Natividade cristã muda de figura pois o Presépio foi na verdade um forte levantado por soldados matabugres e guerreiros antropófagos, cuja Eucaristia do herói invejado era carne e sangue verdadeiro, em vez do pão e vinho consagrados no altar:


 Victor Leonardi, na obra "Entre Árvores e Esquecimento: História Social no Sertão do Brasil" baseado em Caminha pinta um quadro idílico do encontro entre índios Pataxó e marinheiros portugueses de passagem para a Índia cujo encantamento se acabou, trinta anos depois do Descobrimento, com a chegada da primeira expedição colonizadora obrigando os índios da mítica Yvy marãey (Terra sem mal) - utopia selvagem onde não há fome, trabalho escravo, doença, velhice e morte - ao trabalho escravo para extrair pau-Brasil e encher navios para tinturarias da Europa.

O relato da Viagem de Pinzón, o coloca três meses à frente de Cabral, chegando ele ao cabo de Santo Agostinho (Pernambuco) a 26 de janeiro de 1500,donde navegou para o norte desembarcando em Camocim (Ceará), singrou a foz do rio Amazonas, ao qual chamou de Santa Maria de La Mar Dulce; assaltou uma aldeia na ponta da ilha Marinatambalo (Marajó) donde levou os trinta e seis primeiros "negros da terra" (índios escravos) da América do Sul. Todavia, o sócio e piloto de Colombo não "descobriu" tais paragens, por não ter certeza ou antes por achar que a terra caia na posse de Portugal conforme o Tratado de Tordesilhas (1494).


ENTRE CHUVAS E ESQUECIMENTO: 1800 ANOS DA PRIMEIRA UNIVERSIDADE INDÍGENA DA AMAZÔNIA

Deu-se por acaso o achado, pelos colonizadores, do primeiro sítio arqueológico de Cultura Marajoara, no dia 20 de Novembro de 1756 (cf. Alexandre Rodrigues Ferreira, "Notícia Histórica da Ilha Grande de Joanes ou Marajó", Lisboa, 1783): coincidência extraordinária com o DIA NACIONAL DE CONSCIÊNCIA NEGRA. A UNESCO e a República Federativa do Brasil ao tomar nota destas mal traçadas linhas a fim de estudar a possibilidade de proteger a Cultura Marajoara no âmbito do programa "O Homem e a Biosfera" (MaB) estaria, com certeza, resgatando uma dívida histórica enorme e a indicar o caminho do desenvolvimento sustentável da Amazônia no respeito das populações tradicionais, seus saberes e costumes milenares a par das justas ambições do progresso da C&T mediante inovações harmoniosas entre a natureza e o desenvolvimento econômico.


O Programa MaB / UNESCO
O Programa Homem e Biosfera (MaB – Man and the Biosphere) foi criado como resultado da "Conferência sobre a Biosfera" realizada pela UNESCO em Paris em setembro de 1968. O MaB foi lançado em 1971 e é um programa de cooperação científica internacional sobre as interações entre o homem e seu meio. Busca o entendimento dos mecanismos dessa convivência em todas as situações bioclimáticas e geográficas da biosfera, procurando compreender as repercussões das ações humanas sobre os ecossistemas mais representativos do planeta.
objetivo central do Programa MaB é promover o conhecimento, a prática e os valores humanos para implementar as boas relações entre as populações e o meio ambiente em todo o planeta.
O Programa MaB desenvolve, ao mesmo tempo, duas linhas de ação:
O aprofundamento direcionado das pesquisas científicas, para o melhor conhecimento das causas da tendência de um aumento progressivo da degradação ambiental do planeta;
A concepção de um inovador instrumental de planejamento, as Reservas da Biosfera, para combater os efeitos dos citados processos de degradação, promovendo a conservação da natureza e o desenvolvimento sustentável.
As Reservas da Biosfera
Zoneamento de uma Reserva da Biosfera
Reservas da Biosfera são áreas de ecossistemas terrestres e/ou marinhos reconhecidas pelo programa MAB/UNESCO como importantes em nível mundial para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável e que devem servir como áreas prioritárias para experimentação e demonstração dessas práticas.
As Reservas da Biosfera são o principal instrumento do Programa MaB e compõe uma rede mundial de áreas voltadas a Pesquisa Cooperativa, a Conservação do Patrimônio Natural e Cultural e a Promoção do Desenvolvimento Sustentável.
Para tanto devem ter dimensões suficientes, zoneamento apropriado, políticas e planos de ação definidos e um sistema de gestão que seja participativo envolvendo os vários segmentos do governo e da sociedade.
As Reservas da Biosfera devem cumprir de forma integrada três funções:
Contribuir para conservação da biodiversidade, incluindo os ecossistemas, espécies e variedades, bem como as paisagens onde se inserem.
Fomentar o desenvolvimento econômico que seja sustentável do ponto de vista sócio-cultural e ecológico.
Criar condições logísticas para a efetivação de projetos demonstrativos, para a produção e difusão do conhecimento e para a educação ambiental, bem como para as pesquisas científicas e o monitoramento nos campos da conservação e do desenvolvimento sustentável.





Seminário da Semana Nacional de C&T discute tema da próxima edição.   

 

Acontece em Brasília, a reunião dos coordenadores estaduais da 12ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Cerca de 70 representantes de vários estados terão a oportunidade de trocar experiências, ampliar os conhecimentos e receber orientações para o melhor aproveitamento do tema "luz".    


Reprodução
Coordenadores estaduais participam de debate, em Brasília, sobre a temática da 12ª edição da SNCT "Luz, Ciência e Vida"
 

 Coordenadores estaduais participam de debate, em Brasília, sobre a temática da 12ª edição da SNCT "Luz, Ciência e Vida"    
O secretário de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social, Oswaldo Duarte Filho, destacou o papel do encontro preparatório para a edição da SNCT neste ano, evento considerado "um dos mais importantes de divulgação científica do Brasil". O encontro termina nesta quarta-feira (24).SNCT 2015

A SNCT é coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e acontece em todo o País, de 19 a 25 de outubro. A edição deste ano abordará o tema "Luz, Ciência e Vida", em consonância com a decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas que escolheu 2015 como o Ano Internacional da Luz.
A expectativa dos organizadores é celebrar a luz como matéria da ciência e do desenvolvimento tecnológico. Na intenção de apresentar aos coordenadores as várias possibilidades de aplicação do tema, a Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis/MCTI) trouxe para o seminário uma programação com oficinas, debates e palestras de pesquisadores com experiência em divulgação científica, que puderam apresentar experimentos relacionados ao assunto.

"O encontro busca mostrar como a luz está presente em todos os aspectos da vida, no cotidiano, na ciência, na história e no futuro da humanidade", explicou o diretor de Popularização e Difusão de Ciência e Tecnologia da Secis, Douglas Falcão, ao ressaltar o aspecto aberto e multidisciplinar da temática.

"O objetivo é que, com os exemplos apresentados, os representantes das coordenações estaduais utilizem as ideias e disseminem o conhecimento em suas regiões ao longo dos próximos meses, fomentando uma Semana Nacional de qualidade para o público", afirmou.

Expectativas

De acordo com o secretário Oswaldo Duarte Filho, a evolução nos últimos anos, especialmente, na edição de 2014, mostra a relevância da SNCT para o País.

No último ano, o evento alcançou a marca de aproximadamente 108 mil atividades realizadas, superando o recorde anterior de 34 mil ações em todo o País. "Isso é uma demonstração do vigor da Semana Nacional, que cada vez mais vem envolvendo a comunidade na divulgação da ciência", afirmou o secretário.

A Secis trabalha com a meta de que pelo menos mil municípios participem da SNCT 2015. No ano passado, 902 cidades realizaram atividades. Oswaldo Duarte Filho também saldou mobilizadores estaduais pelo trabalho desenvolvido.
"Vocês organizam e ajudam o sucesso da SNCT. Queremos aumentar o envolvimento da sociedade, do poder público e das instituições para que possamos alavancar a Semana Nacional, cada vez mais, e mostrar para a sociedade o que a ciência pode fazer por ela."

Luz e conexões

Em mesa redonda, nesta terça-feira (23), o físico e engenheiro de materiais Vanderlei Salvador Bagnato, professor da Universidade de São Paulo (USP) e delegado brasileiro pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), fez um resgate histórico das teorias e descobertas da humanidade sobre a temática do evento.

Para o pesquisador, a edição 2015 será uma excelente oportunidade para pensar em um assunto de interesse mundial.

"Será uma maneira de lembrar e alertar os nossos jovens para um tópico tão interessante e, ao mesmo tempo, em sintonia com o mundo", salientou Bagnato. Ele também destacou as diversas aplicações com o uso da luz, inclusive para a cura do câncer, e a necessidade de mostrar as tecnologias modernas existentes ao público estudantil.

"Tudo aquilo que ele pensa que é ficção científica hoje já uma realidade. Com a luz é possível detectar doenças, pragas na lavoura, poluição e fazer o controle ambiental e isso é fantástico", ressaltou.

O diretor do Espaço Ciência, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o químico Antônio Carlos Pavão, utilizou experimentos para mostrar a relação entre as cores e a luz .

"A ideia é mostrar que, com materiais simples, podemos extrair conceitos bastante profundos sobre qualquer assunto e, em particular, sobre essa questão da luz", explicou Pavão, que também é coordenador estadual da SNCT no estado. "A luz está presente em tudo. Este é um tema muito apropriado para trabalharmos com divulgação e educação científica."

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação



O romancista Dalcídio Jurandir (Ponta de Pedras, 10/01/1909 - Rio de Janeiro, 16/06/1979), escreveu o romance "Marajó" em Salvaterra, na ilha do Marajó, em 1939, mesmo ano em que escreveu o seminal "Chove nos campos de Cachoeira". Fonte para etnografia amazônica, além de inegável valor artístico da obra romanesca de Dalcídio, "Marajó" foi saudado pela crítica como primeiro romance sociológico brasileiro, onde o homem e a natureza entabulam um diálogo violento às vezes e antropoético quase sempre. Abaixo imagem do litoral de Salvaterra, onde na antiga vila de pescadores, o primeiro Prêmio Machado de Assis (1972) começou sua obra composta por onze romances.

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